No último dia 6 (sábado), estive no Festival DoSol para assistir e analisar o porquê da cena independente em Natal ser tão forte. Talvez até mais que em Fortaleza. Antes, porém, gostaria de esclarecer o que é cena independente. Trata-se do conjunto de ações, algumas integradas por redes de coletivos - festivais, músicos, produtores, empresas como a VIVO, OI, etc. - visando promover a cultura que não está presente na grande mídia convencional (rádio, tv, jornal) mas que tem seu público cativo.
Com destaque para a música, o objetivo é levar a arte de modo geral para o conhecimento e formação de novos públicos que não têm acesso aos trabalhos pelos meios convencionais. Por isso, as chamadas bandas 'independentes', ou seja, aquelas que não possuem grandes gravadoras ou distribuidoras para inserirem-nas, com mais recursos financeiros, no mercado fonográfico. Assim, as bandas e artistas independentes gravam, divulgam e distribuem seus próprios trabalhos.
Os recursos para a divulgação são os mais diversos possíveis: internet com rádio-web, álbuns virtuais e sites como Palco MP3, MySpace e Trama; tv´s conceituais como TV Senado, Câmara, Brasil, Universitária e outras; rádios com programas voltados à música independente como a Rádio Base (SP) e Rádio Universitária (RN); feiras de música como a Feira da Música do CE, Expomusic de SP; e talvez o mais importante dos recursos atuais que são os festivais.
Baseado no que explanei acima, cito o Festival DoSol, hoje, como um dos festivais mais representativos da cena independente do Brasil. Sim, porque como contraponto do que ocorre com a mídia de massa que possui suas bases via de regra no eixo sudeste-sul, os festivais independentes possuem sua grande força no Nordeste. Como exemplos temos o Abril Pro Rock (PE), MADA e DoSol (RN), Mundo (PB), ForCaos (CE) e tantos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário