É tempo de respirar música, falar de ritmos, conhecer novos artistas, instrumentos vintage e/ou tecnologia de ponta... mas principalmente é tempo de ampliar horizontes, conhecer outros músicos, produtores e agitadores de outros estados e até de outros países, se mover, movimentar e pensar além fronteiras, superar preconceitos e abrir-se para o mundo. É tempo de Feira da Música, o evento que já está em sua nona edição celebrando a pluralidade e buscando iluminar caminhos para quem pretende, quer e investe numa carreira no meio musical.
Mesmo que muitos profissionais da música na cidade nem pisem por lá, muitas vezes fruto de preconceitos ou mesmo de questões de ego, porém a Feira da Música não é um evento de exclusão, pelo contrário, sua meta é promover a inclusão. Mesmo que o artista não esteja presente nos palcos, ou mesmo tenha investido num estande próprio ou em cooperativa/ sociedade, é importante circular, conhecer jornalistas, produtores e divulgadores da música de outras fronteiras.
O intercâmbio é ponto fundamental. O músico do Rio Grande do Sul vem, se apresenta, participa de oficinas e conhece trabalhos dos cearenses, leva para lá, abrindo uma possibilidade de mercado. É assim que se dá.
Na primeira Feira da Música, Karine Alexandrino conheceu o músico e jornalista Moisés Santana, que apresentou seu trabalho para o jornalista Alex Antunes que, por sua vez, bombou o nome de Karine nos circuitos alternativos de Sampa. Dona Zefinha já fez até turnê na Europa, também a partir de contatos na Feira. E assim aconteceu também com as bandas Fóssil e O Garfo, que começaram a fazer no circuito de festivais alternativos, Telerama e Banda Desenhada se apresentaram nos EUA... E assim a coisa vai acontecendo, a rede vai se formando e as carreiras abrindo seus espaços.
A Feira da Música 2010 acontece até amanhã no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Luciano Almeida - Editor adjunto do Núcleo de Cultura e Entretenimento do O POVO (lucianolaf1966@gmail.com).
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